Qual a melhor forma de tratar uma ferida? O procedimento é complexo e requer conhecimentos que vão desde as condições clínicas do(a) paciente até os tipos de tecido, pele e de lesão. Rosenildes Almeida, enfermeira do Multicentro Liberdade, em Salvador (BA), é uma especialista neste tipo de tratamento.
“Lesões das mais simples às mais complexas, elas precisam de um olhar de atenção, de cuidado. A tendência da ferida, independente do grau, se não for tratada de forma correta, dependendo da ferida e do quadro clínico da pessoa, pode aumentar a gravidade da lesão, risco de infecção grave e ocasionar até uma perda de membro”, alerta Rose.
Durante o tratamento, a especialista desenvolve um plano terapêutico do(a) paciente, que é reavaliado a cada 15 dias, em média. “Para traçar o plano, precisamos conhecer seu histórico, se é diabético, hipertenso, fumante, se tem obesidade, se pratica atividade física, como é o seu plano alimentar, se é assistido de forma emocional, qual a conduta familiar, o ambiente em que mora. É importante saber desses pontos para chegar a um serviço completo”, destaca. “Atuamos dentro de uma equipe multidisciplinar e trabalhamos com profissionais de diversas áreas, como medicina, nutrição, psicologia e serviço social”, completa.
Para desenvolver o trabalho com qualidade, a capacitação é crucial. “Precisamos saber a forma de colocar o produto, o tempo que vai ficar, observar a parte sistêmica do paciente, se o produto pode aderir nas bordas da lesão ou não, entre muitas outras questões. Nos consensos sobre feridas, vemos quanta coisa mudou. E como eu sei isso? Com as capacitações”, afirma. No Multicentro Liberdade, unidade administrada pela S3, as capacitações são periódicas e acontecem a cada dois meses ou menos.
Procedimento requer variados conhecimentos