Com a chegada de novas variantes do coronavírus no Brasil e a iminência dos festejos juninos no Nordeste do país, a preocupação com o possível aumento de casos da doença e ocupação do leitos de hospitais só cresce. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a variante da Covid-19 denominada P1, originária de Manaus (AM), atualmente é responsável por 80% das infecções no estado.
De acordo com Tiago Lôbo, infectologista e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Campanha Itaigara (HCI), unidade gerida pela S3 Gestão em Saúde, quanto maior a circulação maior a replicação viral e mais chances de surgimento de novas variantes. "Isso acontece no Brasil, pois a taxa de transmissibilidade no momento é alta, daí a possibilidade de ser um celeiro de novas variantes. Isso pode impactar, pois podem aparecer variantes mais agressivas, mais transmissíveis ou mesmo variantes que possam escapar das vacinas, o que seria um cenário extremamente indesejável e preocupante", explicou.
Apesar da tradição junina ser extremamente forte na Bahia, é necessário que a população faça alguns sacrifícios para que o colapso na saúde seja evitado. Por isso, além das medidas restritivas já anunciadas pelas autoridades, é necessário que as pessoas se conscientizem que a pandemia ainda não chegou ao fim. "Permaneçam com as precauções, tentem orientar seus familiares e amigos de que ainda não é o momento de baixar a guarda. Vamos ter vacina para toda a população adulta em breve, e esperar mais algum tempo é fundamental. Vamos ter fé, em breve poderemos ter nossas vidas de volta. Temos exemplos fora, como Nova Iorque, que vacinou 70% da população e as restrições são mínimas. Fé, consciência e paciência. Vamos sair dessa", salientou Dr. Tiago Lôbo.
Fonte: Ascom da S3 Gestão em Saúde